domingo, dezembro 21

Silêncio

Nervoso indomável a controlar-me
Ares de insatisfação a rondar minha’lma
Que quer invadir o abismo que existe em mim
Diálogos contraditórios consomem a mim e todos que me cercam
Com o intuito de sufocar – me
Parabéns!!!
Conseguiram
Não respiro mais
Não creio mais

Vivo para meu vício
O único que parece preencher enquanto me consome
Em ponto de ebulição, nostálgica
Minha vida parece não ter vértice
Meus argumentos ... parecem estar sempre rasos
Tão raros que uma criança poderia correr sobre o mesmo
Causando ferimentos dolorosos
Então
Volto para minha alcova
Escondo – me do meu próprio mau
Porém, não tenho sucesso

Quero chorar
Faltam lágrimas
A dor permace de mãos dadas com a angustia

Tudo isso será tpm
Gostaria de acreditar
Mas sei que não

Feridas ainda não cicatrizadas reabrem diante de uma nova e insignificante conversa
Paralelas e sempre crescente
A pele que possuo é igual a uma árvore morta
Mas.... não sabia que arvore morta pode crescer
Seca, lutando para viver a partir da sobra daquelas maiores que tapam-lhe o sol
A luz..... já é para esta insignificante
Suas raízes estão podres, sem força para romper e adentrar no solo rochoso

O único germe de luz existente parece estar cada vez mais longínquo
Sem ninguém a regar lhe, estagna.
Chorando em silencio enquanto os bichos a comem por dentro.